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Depressão psicótica

Foto embaçada de um homem
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Conheça os principais sinais e tratamentos da depressão psicótica. Procurar ajuda especializada é fundamental para que o paciente recupere sua qualidade de vida

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais conhecidas do mundo. Tem como principais sintomas a falta de ânimo, a tristeza profunda e o pessimismo. De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, realizada pelo Ministério da Saúde, cerca de 11,3% dos brasileiros relatam um diagnóstico médico de depressão. Esse número supera a média apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Brasil: 5,3%.

A depressão é dividida em diversos tipos. Um deles é a depressão psicótica, assunto deste artigo.

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O que é a depressão psicótica?

Antes de falarmos sobre o que é a depressão psicótica, é preciso esclarecer o que é psicose. A doença é definida como uma característica que afeta a mente, fazendo com que haja perda de contato com a realidade.

A depressão psicótica é um tipo grave e raro de depressão caracterizado pelo surgimento de sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, associados aos sintomas conhecidos da depressão, como tristeza profunda, desânimo e pensamentos negativos.

É comum que o paciente diagnosticado com esse tipo de depressão ouça vozes, veja pessoas que não existem ou acredite que seus pensamentos podem ser ouvidos. Relatos de ameaças e perseguições também são comuns em pessoas com esse quadro de depressão.

Estima-se que de cada quatro pessoas que procuram atendimento hospitalar devido à depressão, uma tenha depressão psicótica.

Essa depressão pode, muitas vezes, ser confundida com outras doenças mentais, como a esquizofrenia, que também tem como característica a psicose. Porém, o que diferencia uma da outra é que, o paciente tem delírios ou alucinações junto com sintomas que são típicos de um quadro depressivo maior, como sensação de impotência e fracasso. Já na esquizofrenia os sintomas psicóticos não apresentam relação com um estado depressivo

Quais são as causas da depressão psicótica?

Ainda não foi possível identificar uma ou mais causas que sejam capazes de explicar o surgimento da depressão psicótica. No entanto, estudiosos acreditam que a doença pode se desenvolver com mais frequência em pessoas que já apresentavam sintomas de depressão. Ou seja: a pessoa primeiro tem vários episódios de depressão para depois desenvolver a depressão psicótica.

Além disso, essa depressão pode ter um componente genético, com históricos da doença na família. Porém, a hereditariedade não deve ser vista como um fator determinante para o desenvolvimento da depressão psicótica.

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Outras causas que podem estar relacionadas à depressão psicótica são:

  • Fatores ambientas;
  • Desequilíbrios hormonais;
  • Uso de drogas ou de medicamentos;
  • Fatores psicológicos;
  • Doenças como tumores, inflamações no cérebro ou acidente vascular cerebral.

Quais são os sintomas da depressão psicótica?

Os principais sinais e sintomas que podem indicar que o paciente apresenta um quadro dessa depressão são:

  • Agitação;
  • Ansiedade;
  • Constipação;
  • Hipocondria (quando a pessoa acredita que tem uma doença, geralmente séria, mesmo sem nenhuma evidência médica);
  • Insônia (é comum que o paciente com depressão psicótica durma muito durante o dia e passe a noite acordado);
  • Isolamento social;
  • Alteração cognitiva;
  • Delírios ou alucinações (que podem ser auditivas, visuais ou olfativas, como sentir cheiros desagradáveis que não existem);
  • Personalidade imprevisível.

Além desses sintomas típicos da depressão psicótica, o paciente apresenta sintomas de depressão, como:

  • Fadiga;
  • Perda de energia;
  • Alterações de peso;
  • Baixa autoestima;
  • Alterações na libido;
  • Tristeza profunda.

Como é feito o diagnóstico da depressão psicótica?

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o paciente, para ser diagnosticado com depressão psicótica, precisa ter um episódio depressivo e, durante o episódio, ter também sintomas psicóticos, como alucinações.

Para ser diagnosticado com depressão (chamemos aqui de depressão clássica, a mais comum), o paciente tem que apresentar cinco ou mais dos seguintes sintomas durante duas semanas:

  • Tristeza;
  • Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas;
  • Perda ou ganho de peso sem motivo aparente;
  • Muito sono ou insônia;
  • Agitação motora ou lentidão dos movimentos;
  • Cansaço constante;
  • Baixa autoestima;
  • Dificuldade para se concentrar e pensar;
  • Dificuldade de sentir prazer e emoções positivas;
  • Ter pensamentos suicidas ou de morte.

Resumindo: o paciente precisa apresentar cinco ou mais dos sintomas acima aliados a um quadro de alucinação e/ou delírio para ser diagnosticado como depressivo psicótico.

Qual o melhor tratamento?

Não existe um tratamento específico para a depressão psicótica. Geralmente, o paciente é tratado com as mesmas terapias disponíveis para o tratamento de outros transtornos mentais, como a depressão e o transtorno bipolar. Ele pode ser feito com o uso de medicamentos antidepressivos e antipsicóticos, usados de maneira individual ou juntos, associado ao tratamento psicoterápico.

Se a depressão psicótica estiver relacionada a um quadro de transtorno bipolar, pode ser necessária também a administração de estabilizadores de humor. Em alguns casos mais graves, pode ser necessária a internação do paciente em hospitais especializados para que seja salvaguardada a sua segurança e a de pessoas ao redor.

A eletroconvulsoterapia (ECT) também pode ser uma opção de tratamento. Neste tipo de terapia, uma corrente elétrica é aplicada ao cérebro durante alguns segundos, com o paciente anestesiado, não tendo qualquer percepção dolosa ou incômoda durante o procedimento. O tratamento visa a melhora dos sintomas de depressão grave e de depressão psicótica.

A combinação entre a psicoterapia e os medicamentos promove melhora nos níveis de ansiedade, desesperança e ideação suicida.

Depressão psicótica no transtorno bipolar

Podendo aparecer tanto no transtorno depressivo unipolar quanto no bipolar, a depressão unipolar, chamada de transtorno depressivo maior, é o tipo de depressão mais conhecido, que apresenta os sintomas clássicos de um quadro depressivo.

Já no transtorno bipolar, o paciente apresenta episódios de depressão que se alternam com episódios de euforia, chamados clinicamente de episódios de mania ou hipomania. O paciente, nesse quadro, sente-se cheio de energia, com autoestima elevada, falante e distraído. Porém, componentes psicóticos podem ocorrer na fase de mania, cuja principal característica é uma total desconexão da realidade.

A depressão psicótica é um transtorno mental que pode ser tratado, porém não tem cura, o que significa que o tratamento e o acompanhamento médico devem ser feitos por toda a vida.

Se o tratamento for seguido conforme determinação médica, com o uso de medicamentos e psicoterapia, é possível ao paciente recuperar sua qualidade de vida.

No entanto, se a depressão psicótica não for tratada corretamente, a doença pode levar a pessoa a machucar a si mesma ou aos outros.

Para entender mais sobre depressão psicótica, entre em contato com a Dra. Bruna Rossi e agende sua consulta.

 

Fontes:

National Institute of Mental Health

Medley

PubMed

BRAIN CENTER

BRAIN CENTER

Clínica de Saúde Mental e Bem-estar