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Depressão distimia

Dois medicamentos e sombra de homem sentado.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Mau humor, irritação e falta de energia constantes? Esses são alguns dos sinais da distimia, um tipo de depressão muitas vezes confundido com traços de personalidade

O que é distimia?

A distimia é um tipo de depressão crônica que pode ter seus primeiros sinais manifestados ainda na infância ou na adolescência, embora possa surgir também na idade adulta. Na infância, acomete igualmente meninos e meninas. Na idade adulta, é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.

A distimia faz parte do grupo dos transtornos mentais que interferem com o humor das pessoas. Por isso, esse quadro é chamado de transtorno de humor. Mau humor, irritabilidade e reclamações constantes são alguns sinais desse transtorno.

Muitas pessoas confundem o comportamento queixoso do idoso com o envelhecimento, mas esse pode ser um sinal de depressão distimia, que, além de poder se manifestar na idade adulta, também pode ser uma doença que o indivíduo tem desde a infância e que não foi devidamente diagnosticada.

Estimativas apontam que, no Brasil, existem entre 5 e 11 milhões de pessoas com essa condição. Elas representam de 3 a 6% da população mundial.

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A causa exata da depressão distimia não é totalmente conhecida. Assim como ocorre com a depressão maior, ela pode ter relação com diversos fatores, como:

  • Alterações biológicas do cérebro;
  • Alterações químicas do cérebro: os neurotransmissores são substâncias químicas cerebrais que desempenham um papel na depressão. Pesquisas recentes indicam que mudanças na função e efeito desses neurotransmissores e como eles interagem com os neurocircuitos envolvidos na manutenção da estabilidade do humor podem desempenhar um papel significativo na depressão e no seu tratamento;
  • Genética: a distimia parece ser mais comum em pessoas cujos parentes também têm a condição;
  • Eventos da vida: eventos traumáticos, como a perda de um ente querido, problemas financeiros ou um alto nível de estresse podem desencadear esse quadro em algumas pessoas;
  • Histórico pessoal de outros transtornos mentais;
  • Traços de personalidade que incluem negatividade, como baixa autoestima e ser muito dependente, autocrítico ou pessimista.

Como identificar uma pessoa com distimia?

A pessoa que tem depressão distimia costuma apresentar um estado de mau humor constante, o que faz com que ela, muitas vezes, se torne um indivíduo de difícil convivência e relacionamento. São pessoas com elevada autocrítica e baixa autoestima que estão sempre irritadas e reclamando de tudo.

Em crianças e adolescentes, a depressão distimia pode ter seus sintomas confundidos com baixo rendimento escolar, comportamento antissocial e temperamento agressivo.

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Distimia x depressão convencional

Ao contrário da forma mais conhecida de depressão, a depressão distimia não ocorre em episódios, ou seja, os sintomas e sinais que caracterizam a doença estão presentes constantemente, por longos períodos, até mesmo por anos e décadas. Além disso, sua intensidade costuma ser de leve a moderada.

Muitos pacientes que têm a doença podem desenvolver também um quadro de depressão dupla. Ou seja: junto com a depressão distimia de longa duração, eles têm episódios de depressão maior, que é o tipo mais grave.

Principais sintomas da distimia

Os sinais mais característicos são:

  • Irritabilidade;
  • Mau humor;
  • Baixa autoestima;
  • Desânimo;
  • Tristeza;
  • Pensamentos negativos constantes;
  • Desesperança;
  • Sentimento de culpa;
  • Alterações do apetite e do sono;
  • Falta de energia e de concentração, o que pode impactar no rendimento no trabalho e nos estudos;
  • Isolamento social;
  • Desinteresse pela vida;
  • Tendência ao uso de drogas lícitas, ilícitas e tranquilizantes.

Como diagnosticar esse tipo de depressão?

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas relatados pelo paciente. Porém, para que ele seja diagnosticado com esse tipo de depressão, os sinais precisam estar presentes em sua vida pelo menos há dois anos consecutivos.

O médico pode solicitar alguns exames laboratoriais para descartar a presença de outras condições médicas que podem causar sintomas depressivos, como o hipotireoidismo. Além disso, ele pode solicitar que seja feita uma avaliação psicológica, que pode ajudar a determinar se o paciente sofre de depressão distimia ou de outra condição que pode afetar o humor, como depressão maior, transtorno bipolar ou transtorno afetivo sazonal.

A depressão distimia pode ser difícil de ser identificada e diagnosticada, porque muitas vezes a pessoa não percebe que seu mau humor e irritabilidade constantes não são normais. Muitos acreditam que esses são sinais de sua personalidade, o que acontece também com quem convive com o paciente. Assim, muitos não procuram ajuda de um especialista.

No entanto, o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja realizado da maneira mais rápida possível, porque a condição, quando não tratada adequadamente, pode levar a quadros de suicídio – aproximadamente de 15 a 20% dos pacientes tentam tirar a própria vida em algum momento.

Como tratar a distimia?

Na maioria dos casos, o tratamento da depressão distimia é feito com a associação de medicamentos antidepressivos e psicoterapia. Quando feitos de maneira isolada, não costumam apresentar bons resultados ao paciente.

Isso porque as medicações atuam nas alterações biológicas que promovem o desenvolvimento da depressão, mas o paciente precisa aprender a se relacionar com os outros e a reagir de maneira mais positiva diante da vida – nisso, só a psicoterapia pode ajudar.

A psicoterapia pode ser a primeira recomendação para crianças e adolescentes com depressão distimia, mas isso depende do indivíduo. Às vezes, os antidepressivos também são necessários mesmo nessa faixa etária.

Nos casos de pacientes com depressão dupla, conforme comentado acima, é preciso tratar as duas formas da doença – depressão distimia e depressão – para que a recuperação seja completa.

Para saber mais sobre depressão distimia, entre em contato com a Dra. Bruna Rossi.

 

Fontes:

Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata)

Mayo Clinic

Pfizer

BRAIN CENTER

BRAIN CENTER

Clínica de Saúde Mental e Bem-estar