Distúrbio de ansiedade é comum em pessoas que passaram por eventos traumáticos descritos como catastróficos, violentos ou de alto risco
A vivência de eventos traumáticos é comum a todos os seres humanos. Em menor ou maior grau, ocorrem situações que fogem ao controle ou que representam grande perigo, angústia, riscos reais e imaginários.
As consequências dos eventos traumáticos ao continuar a vida são as chamadas respostas traumáticas. Em muitos casos, tais respostas desencadeiam reações muito negativas, levando a pessoa a desenvolver o chamado transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
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O que é Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)?
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) se caracteriza como um distúrbio de ansiedade que pode ser identificado em pessoas que passaram por um ou mais eventos traumáticos muitas vezes descritos como catastróficos e aterrorizantes. Por isso, é comum em pessoas que vivenciaram diretamente ou testemunharam situações de extrema violência ou extremo risco de vida.
Nesses casos, as respostas ao trauma geram sentimentos de perturbação, medo, angústia e estresse, fazendo com que a pessoa tenha diversos prejuízos em sua vida. É comum também que a pessoa com TEPT sinta que está revivendo os momentos desencadeadores sempre que se lembram dele ou são expostos a algum gatilho relacionado ao evento.
Estima-se que de 15% a 20% das pessoas que vivenciaram esses tipos de situação possam desenvolver o transtorno, que pode se manifestar em qualquer idade, sendo seu principal fator desencadeador a vivência do trauma em si. Também é comum que o transtorno de estresse pós-traumático facilite o desenvolvimento de comorbidades, como a depressão e outros tipos de transtornos de ansiedade.
Sintomas do Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
Os sintomas de transtorno de estresse pós-traumático podem ser divididos da seguinte forma:
- Revivescência, que é a sensação de estar revivendo o momento traumático, mesmo que não esteja realmente;
- Pensamentos intrusivos sobre o evento traumático, que podem surgir também como flashbacks e pesadelos;
- Perda de memória sobre partes do evento traumático;
- Comportamento esquivo, isto é, a pessoa com TEPT busca evitar situações que possam fazê-la se lembrar do trauma, o que pode gerar isolamento social ou desinteresse por atividades cotidianas;
- Hiper vigilância constante na tentativa de evitar reviver os momentos traumáticos;
- Dificuldade para dormir ou regular o sono;
- Pensamentos negativos, sentimento constante de culpa e baixa autoestima;
- Reações físicas relacionadas à ansiedade e ao estresse, como taquicardia, calor, sudorese e dor de cabeça.
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Na maioria dos casos, os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático começam a se manifestar em três a seis meses a partir do evento desencadeante. Apesar disso, existem casos em que os pacientes desenvolvem os sintomas vários meses ou até anos depois da situação.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático deve ser feito pelo médico psiquiatra a partir de critérios clínicos estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5ª edição (DSM-5).
O Manual, que é referência na descrição para o diagnóstico de diversos transtornos mentais, traz em seu conteúdo a descrição detalhada dos sintomas do TEPT. Para atender aos critérios diagnósticos, o paciente que vivenciou ou testemunhou um evento traumático deve apresentar os sintomas durante pelo menos um mês.
A partir do momento que o médico psiquiatra acredita que o caso do paciente se trata do transtorno de estresse pós-traumático, é importante também investigar a possibilidade do paciente conviver com comorbidades, como transtornos depressivos e de ansiedade, além de entender os hábitos do paciente.
A investigação da presença de comorbidades pode servir não somente para individualizar o tratamento dos pacientes mas também como diagnóstico diferencial, pelo fato de alguns sintomas serem comuns a outros tipos de transtornos.
Muitas vezes, o diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático ocorre tardiamente, porque a maioria dos pacientes demora a entender que precisam de ajuda e só procuram o psiquiatra quando os sintomas estão muito intensos.
Como tratar o TEPT?
O tratamento do transtorno de estresse pós-traumático consiste numa série de ações que visam controlar os sintomas relacionados à vivência traumática e melhorar a qualidade de vida do paciente, possibilitando que se sinta melhor consigo e retome as atividades cotidianas e as relações sociais.
A indicação de tratamento medicamentoso pode contribuir para aliviar sintomas ansiosos e a dificuldade para dormir. Diversas classes de medicamentos podem atuar nessas manifestações, e a prescrição deve ser feita de forma individualizada pelo médico psiquiatra, de acordo com as necessidades do paciente.
Entretanto, para que o tratamento contra o transtorno de estresse pós-traumático dê resultados, é indispensável a associação do tratamento medicamentoso à psicoterapia.
Por meio das sessões, o paciente poderá entender o trauma e encontrar os melhores meios de lidar com os sentimentos gerados por ele, além de aprender a controlar os sintomas ansiosos, gerenciar o estresse e melhorar a autoimagem.
O papel do psiquiatra no tratamento do TEPT
O tratamento ideal é muito importante para a diminuição dos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático. Apesar de ser crônico, é possível ao paciente com o problema retomar suas atividades, relações sociais e qualidade de vida de forma satisfatória desde que todos os protocolos de tratamento sejam realizados adequadamente.
Por isso, cabe ao médico psiquiatra acompanhar, analisar e diagnosticar o transtorno de estresse pós-traumático, bem como encaminhar o paciente ao tratamento medicamentoso adequado e, da mesma forma, a um profissional que possa realizar o tratamento psicoterápico essencial para a sua evolução.
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Fontes: