Psiquiatra Dra .Bruna Rossi

A síndrome do pânico não pode ser confundida com crises de pânico, comuns em pacientes com ansiedade. A principal diferença entre ambas se dá no fato de que a crise de pânico é apenas um dos sintomas da ansiedade, sendo momentânea e acometendo o indivíduo em situações específicas – aquelas que são preocupantes ou angustiantes, que ativam gatilhos, ou até mesmo sem gatilhos associados.

Com relação à síndrome do pânico, ou transtorno do pânico, podemos dizer que é uma doença mais específica, cujas crises podem ser desencadeadas por gatilhos ou em qualquer lugar e sem razão aparente: repentinamente, o paciente pode sentir um medo exagerado, com sintomas físicos agressivos, tais como tremores, suor, palpitação, aceleração dos batimentos cardíacos, dor no peito, formigamento das mãos e rosto, tonturas, enjoo ou até desmaio.

Estas crises frequentemente acompanham a sensação de morte iminente, sensação de perda do controle ou de estar “enlouquecendo”. A recorrência e intensidade das crises geram receio de tê-las novamente, fazendo que a pessoa evite ir a lugares, frequentar determinados ambientes ou realizar atividades que relaciona ao gatilho da crise, este comportamento mal adaptado faz a diferença para o diagnóstico. O medo extremo incapacita o dia a dia do indivíduo, tornando-o mais recluso. O tratamento permite a readaptação e reabilitação do paciente, possibilitando o retorno as atividades e situações evitadas pelo transtorno.

Uma das principais vertentes da ansiedade é conhecida como TAG – transtorno de ansiedade generalizada. Trata-se de sensação de ansiedade intensa, persistente e que impacta, diretamente, nas atividades diárias.

A ansiedade leva a dificuldade de concentração devido pensamentos frequentes, aumentados e acelerados, preocupações excessivas, antecipações de eventos futuros com pessimismo, preocupações com possíveis catástrofes e insônia, podendo levar a sensação de estar perdendo o controle. Geralmente, acompanha sintomas físicos como palpitações, sudorese, náuseas, vômitos, diarreias, crises de pânico ou de sintomas específicos (crises de ansiedade).

A ansiedade é uma reação natural do organismo frente a situações que podem gerar dúvida, receio, expectativa ou medo. No entanto, quando este sentimento se torna persistente e agressivo, é preciso buscar ajuda terapêutica e acompanhamento psiquiátrico.